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BRASÍLIA, BRASIL – Uma operação conjunta da Polícia Federal do Brasil e da Homeland Security Investigations (HSI), com a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, teve como alvo uma quadrilha responsável por organizar viagens ilegais de brasileiros de Rondônia para os Estados Unidos. A operação, chamada de “Operação Yankee”, resultou em 10 mandados de busca e apreensão, bloqueio de recursos no valor de oito milhões de reais e a prisão de cinco pessoas nas cidades de Buritis, Apuí e Goiânia.

Por meio da apreensão de celulares e computadores, os agentes identificaram 444 rondonienses que foram ilegalmente enviados para os EUA entre 2019 e 2021. De acordo com a Polícia Federal, esse número deve aumentar significativamente à medida que o material apreendido for analisado. Uma das vítimas dos contrabandistas foi Lenilda dos Santos, cujo corpo foi encontrado em setembro de 2021 em uma área ao sul da cidade de Deming, no Novo México. Lenilda foi abandonada durante a travessia no deserto e morreu por desidratação.

A organização criminosa não atuava apenas em Rondônia, mas também tinha membros em outros estados brasileiros e nos EUA. Os suspeitos presos utilizavam uma agência de viagens de fachada para emitir vistos para o México, reservar hotéis e alojamento em cidades fronteiriças e contratar coiotes. A prisão de um dos líderes do esquema foi feita com a ajuda de agentes da HSI, já que o suspeito se encontrava em uma área de difícil acesso entre Rondônia e o Amazonas.

Os acusados responderão pelos crimes de organização criminosa, contrabando de imigrantes e lavagem de dinheiro e poderão pegar até 23 anos de reclusão se condenados. A operação representa um importante passo na luta contra o tráfico de pessoas e a imigração ilegal, que são problemas sérios em todo o mundo.

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