
WASHINGTON, DC – Um antigo funcionário do deputado norte-americano George Santos acusou-o de assédio sexual e violação do código de ética em uma carta enviada ao Comitê de Ética da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. A denúncia foi publicada no Twitter no dia 3 de fevereiro.
De acordo com a carta, Derek Myers trabalhou brevemente no escritório de George Santos antes de sua proposta de trabalho ser rescindida. Em 25 de janeiro, Myers afirmou ter estado sozinho com o deputado no escritório quando o congressista o perguntou sobre um perfil no Grindr, um aplicativo de relacionamento gay. Posteriormente, Santos teria convidado Myers para um karaokê e tocado sua virilha, dizendo que seu marido estaria fora da cidade.
Myers também afirmou ter apresentado um relatório à Polícia do Capitólio, falando com um oficial por telefone. Ele decidiu tornar sua reclamação pública como uma questão de transparência. Antes de publicar a denúncia, Myers divulgou gravações que havia feito secretamente de Santos e seu chefe de gabinete.
No ano passado, Myers foi acusado de escutas telefônicas em Ohio. Entretanto, várias organizações jornalísticas defenderam sua liberdade de imprensa e pediram que as acusações fossem retiradas. George Santos afirmou a um jornal que sua equipe estava em processo de contratar Myers, mas abandonou a ideia devido às acusações de escutas telefônicas.
Até o momento, não há clareza sobre como o Comitê de Ética irá prosseguir. Tom Rust, conselheiro-chefe e diretor de equipe do comitê, recusou-se a comentar, e a porta-voz de Susan Wild, membro do comitê, declarou que a congressista não faria comentários sobre questões pendentes perante o comitê. A Polícia do Capitólio também não confirmou a denúncia feita por Myers.